Visões de África

Visões de África e visibilidade da população Preta do DF

Curso presencial na Biblioteca Nacional de Brasília – BnB – oferecerá um amplo painel das culturas africanas e sua relação com Brasília 


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As interseções entre Áfricas e Brasil são objeto de estudo de diversas ciências. O Curso  Visões de África e visibilidade da população preta do DF pretende estimular e impulsionar esse tema, orientando e instrumentalizando os profissionais da educação e o público em geral para estudo e ensino das Histórias Africanas e suas relações com o Brasil, pauta relevante no contexto histórico atual. 

O Projeto foi contemplado no FAC Multicultural 2021, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa SECEC/DF em 2021 e tem como parceiro o Instituto Bem Cultural/IBC. Os encontros ocorrerão no auditório principal da Biblioteca Nacional de Brasília/BnB entre maio e junho de 2022. 

Serão 9 encontros presenciais sob a orientação de professores de instituições de ensino público e privado: Universidade de Brasília/UnB; Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ; Instituto Federal de Brasília/IFB; entre outros centros de pesquisa e extensão.  

Entre os principais objetivos do projeto estão a diversidade no trato com as fontes históricas africanas e a apresentação de autoras negras presentes em nações africanas, como a Socióloga nigeriana Oyeronke Oyewumi e a Filósofa brasileira Djamila Ribeiro; há também o intuito de resgatar a importância da implementação da Lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de “História e cultura afro-brasileira” dentro das disciplinas que já fazem parte das grades curriculares dos ensinos Fundamental e Médio.

A ideia é proporcionar aos envolvidos subsídios para narrativas menos eurocêntricas e colonialistas acerca das sociedades africanas. Além disso, analisaremos a presença do afrobrasileiro sob nova perspectiva, possibilitando a visibilidade de figuras marcantes na constituição da nossa sociedade, como Ferreira de Menezes, Luiz Gama, Sueli Carneiro, Lima Barreto, Arthur Carlos e muitos outros protagonistas da História Brasileira.

É importante salientar que os estudos africanistas são de suma importância para a compreensão de suas culturas e povos. Até o final do século XIX, a presença europeia em África era pontual, reduzida a alguns pontos do litoral. O continente apresentava diversificada experiência social e múltiplos fenômenos culturais. A África era governada por impérios, reinos e cidades-estados constituídos de forma autônoma e independente. A História Atlântica visibiliza intensas relações entre sociedades africanas e políticas no Brasil. O que se passava de um lado do Atlântico, repercutia no outro lado.

Pensar os efeitos do colonialismo e a construção do racismo em nossa sociedade também fazem parte do debate, uma vez que é necessário promover a descolonização do pensamento e das produções teóricas e do conhecimento acerca do continente africano. 

Dentre o corpo docente do curso destacamos os seguintes profissionais:

Professor Dr. Rafael Sanzio, titular da Universidade de Brasília/UnB e Diretor do Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica/CIGA, Coordenador dos Projetos Geografia Afro Brasileira: Educação & Planejamento do Território (Projeto GEOAFRO) e Instrumentação Geográfica, Educação Espacial e Dinâmica Territorial.

Professora Dra. Selma Pantoja, especialista em História da África, pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional/UnB e do Programa de Pós-graduação em Ensino da História da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ.

Dr. Guilherme Lemos, professor da Universidade de Brasília/UnB. Homem negro pertencente aos povos tradicionais de matriz africana através do terreiro Tumba Nzo Dia Nzambi (Família Tumba Junsara). Na comunidade, atende pela Djina Ndundufurama desde sua iniciação em 2015. É historiador e professor efetivo do Instituto Federal de Brasília/IFB. Possui graduação e mestrado em História pela Universidade de Brasília/UnB. Atualmente, docente do Instituto Federal de Brasília/IFB. 

Juliana Lage, historiadora  pela PUC/MG, pós-graduada em Culturas Negras no Atlântico – História da África e dos Afrodescendentes/UnB. Realizou projetos de inserção curricular das Histórias das Áfricas com base na Lei 10.639/2003; Palestrante sobre as identidades brasileiras: Relações entre Brasil e continente africano. Organizadora e Coordenadora do Curso sobre o “Ensino da História da África e afrodescendentes no Brasil, segundo a Lei 10.639/2003.” Organizadora e Coordenadora do Seminário “Inclusão Étnico-racial, e a Lei 10.639/2003 Obrigação ou Cidadania?” – SINPRO-EP/DF; Escritora de tese sobre Lima Barreto. 

 APRESENTAÇÃO DE INAUGURAÇÃO 

Nãnan Matos se apresentará no dia 06 de maio de 2022 às 19h. A cantora, desde sua origem, foca sua arte na renovação entre Brasil e Áfricas, cultivando e transmitindo valores e saberes ancestrais afro-brasileiros e africanos através do canto, percussão, dança, fala e ativismo político-cultural. Há 15 anos, a ativista e arteeducadora compõe a cena brasiliense e nacional com projetos artísticos de resgate, explosão, energia, dança, batuque, multi-linguagens e sempre apostando na conexão ancestral e contemporânea para impactar de forma construtiva e positiva.

SERVIÇO

Etapa 1         

Inscrição do curso de formação:

Período: 01.04.2022 a 22.04.2022

Público alvo

Professores das Redes públicas e privadas das redes de ensino do DF e entorno, além do público em geral. (Não há pré-requisitos) 

Número de participantes: 25 (vinte e cinco) 

Etapa 2 

Curso de formação presencial:

Período: de 06 de maio a 03 de junho de 2022.

Local: BNB (Biblioteca Nacional de Brasília

DATAHORÁRIOPROFESSOR/ PALESTRANTECONTEÚDO 
06/0518:0019:00  Nanan Matos Juliana Lage Abertura com a Cantora e Percussionista Ñanan MatosLei 10.639/2003 inclusão e cidadania? 
07/058:00 Rafael SanzioBrasil africano: referências entre os séculos XVI e XXI 
13/0518:30 Guilherme LemosDiversidade do continente africano: povos, línguas, cultura e territorialidade Conceito de escravidão a partir de Isabel Castro HenriquesDesconstruir o imaginário sobre o império egípcio
14/058:00Guilherme LemosConhecer, visualizar e compreender o mapeamento dos terreiros religiosos de matriz africana do Distrito FederalCandomblé/ Umbanda (DF)Estudo de caso “Lázaro e a invasão de terreiros e racismo religioso”Intolerância religiosa
20/0518:30 Guilherme LemosGeografia quilombola e a pedagogia escolar aplicada a esses espaçosKalunga/ Mesquita (Santa Maria)Análise da ocupação do território quilombola no DF e entornoEstudo de caso: Território Ilê Obá (Ceilândia)História pública/História Social/ Territorialidade/ DF como espaço negro
21/058:00 João Neto 

Gehovany Limeira Figueira
Promover a representatividade histórica do povo preto, por meio do resgate da vida de personalidades desconhecidas pela maior parte da população brasileiraCODIPIR Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial EDUCAFRO: Reunir pessoas voluntárias, solidárias e beneficiárias da causa negra, que lutam pela inclusão de negros, em especial, e pobres em geral, nas universidades públicas, prioritariamente, ou em uma universidade particular com bolsa de estudos, com a finalidade de possibilitar empoderamento e mobilidade social para população pobre e afro-brasileiraApresentar propostas de políticas públicas e ações afirmativas aos poderes executivos, legislativo e judiciário; difundir princípios e valores que contribuam para a radical transformação social do Brasil e Américas
27/0518:30 Selma PantojaFeminismos negros em África e Brasil 
28/058:00Selma PantojaFeminismos negros em África e Brasil 
03/0618:30 Guilherme Lemos


Juliana César Nunes
Formação do Brasil no Atlântico/ O impacto econômico e cultural da abertura do AtlânticoComo o Brasil se fez a partir de “Angola”Importância da oralidade na construção das sociedades africanas/ Fontes orais e escritas para a história da África Centro-OcidentalComunicação, visibilidade e projeção das comunidades negras no DF 

BIBLIOTECA NACIONAL DE BRASÍLIA – BNB

Endereço: Setor Cultural Sul – SCTS Lote 2 Ed. Biblioteca Nacional de Brasília

Telefone: (61) 3325-6257 – E-mail: bnb@cultura.df.gov.br

Horário de funcionamento:

Segunda a sexta-feira: 8h às 20h 

Sábado e domingo: 8h às 14h

Agendamento prévio para empréstimo on-line: gat.bnb@cultura.df.gov.br

Consulta do acervo: www.bnb.gov.br

E-mail: bnb@cultura.df.gov.br

Site: Biblioteca Nacional de Brasília (bnb.df.gov.br)

Instagram: Biblioteca Nacional Brasília (@bibliotecanacionaldebrasilia)

Facebook: Biblioteca Nacional de Brasília | Facebook

Fundo de Apoio à Cultura – FAC

Este projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura  do Distrito Federal – FAC/DF

EQUIPE DE PRODUÇÃO DO CURSO:  Visões de África e visibilidade da população preta do DF

Cristiane Dias  –  Designer Gráfico e Redes sociais

Juliana Morais  –   Coordenadora de Produção pedagógica – 061 99296-3077

Lais Ribeiro – Assistente de Produção

Max Lage  –  Assessor de Imprensa  –  061 98161-0200

Roseane Braga –  Produtora Executivo/ Administrativa

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